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BID aprova crédito de US$ 1 bilhão para conectividade no Brasil
Uma linha de crédito no valor de US$ 1 bilhão foi aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar projetos que melhorem a digitalização e a conectividade no Brasil. A meta é promover iniciativas que ampliem o uso de tecnologias na produção e na disponibilização de serviços. Os recursos serão disponibilizados pela linha "Brasil Mais Digital" e poderão ser utilziados por União, Estados e municípios, assim como pequenas empresas, por meio de bancos de fomento, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia.
Estimativas do Ministério da Economia mostram que cada R$ 1 investido na área gera R$ 18 de retorno, reduzindo o custo operacional do Governo e otimizando o tempo e o dinheiro do cidadão que utiliza a internet para ter acesso aos serviços. Com cinco anos de carência, os empréstimos poderão ser pagos em até 25 anos, com taxas de juros de 1,29%. É necessário apresentar um projeto, que será analisado pelo BID, podendo haver ampliação da linha de crédito, caso a demanda se mostre maior que o valor inicialmente disponibilizado. Os recursos da linha poderão ser aplicados em iniciativas relacionadas à infraestrutura digital, economia digital, serviços digitais de governos, alfabetização digital, formação de pessoal e soluções de segurança. O BID também fornecerá assistência técnica para assegurar a boa execução dos projetos.
Estudo ainda inédito do BID mostra que seriam necessários US$ 21,8 bilhões para suprir o deficit de conectividade no País. Hoje, 50,4% dos lares no Brasil têm acesso à banda larga fixa, sendo que um terço deles contam apenas com redes 2G e 3G, o que afeta a qualidade do serviço. O consumo de dados, por sua vez, equivale a apenas 23% da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que representa uma estruturação formada por países e parceiros estratégicos dedicados ao desenvolvimento econômico. Nas estimativas do BID, o crédito advindo deste programa poderá contribuir com um crescimento do PIB em 6,53%, um aumento da produtividade de 5,36% e a criação de quase 3 milhões de empregos diretos.
