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Pesquisa revela que o ensino remoto ainda é um desafio

Apesar do aumento do uso da internet para a educação por causa da pandemia, ainda existe dificuldades para o acesso dos estudantes

A necessidade do distanciamento social causada pelo COVID-19 trouxe uma nova realidade para a educação em todo o mundo. Obrigados ao distanciamento, alunos e professores têm agora como saída o ensino à distância feito de forma digital. Dentro novo contexto, o celular foi o principal dispositivo utilizado para acompanhar as aulas e atividades remotas, sobretudo nas classes D e E.

A adaptação ao sistema ainda caminha a passos lentos e a pesquisa realizada pelo CETIC.br/NIC.br aponta problemas relatados pelos estudantes, que vivem esta nova realidade. Houve dificuldades para acessar os conteúdos das aulas e atividades remotas. As principais barreiras enfrentadas foram a dificuldade para esclarecer dúvidas com os professores (38%), a falta ou baixa qualidade da conexão à Internet (36%) e a falta de estímulo para estudar (33%).Estes dados revelam dificuldade de adaptação e falta de conexão, causados principalmente pela exclusão digital, vivida por este segmento social.

Segundo Percival Henriques, Presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital, um caminho para transformação dessa realidade seriam três importantes pontos: “A conectividade; os equipamentos em software, pois para um aluno que até possa ter internet em casa e não possua um celular, tablet, notebook ou computador que corresponda com aquelas aplicações que são exigidas para assistir as aulas, os vídeos que precisam ver, fará com que o aluno não possa se dedicar tanto; e o aprendizado de cada pessoa para saber manusear esses equipamentos, que para juventude nem é uma dificuldade.”

O relatório ainda aponta que entre os usuários de Internet com 16 anos ou mais, metade daqueles que tinham grau de instrução até o ensino fundamental utilizaram a rede nos três meses anteriores à pesquisa para a realização de atividades escolares.

E ainda que houve aumento de usuários que fizeram cursos a distância e para estudar por conta própria. O documento ainda diz que no âmbito da educação formal, aproximadamente 32% dos usuários de internet com 16 anos ou mais declarou que frequentava escola ou universidade no momento da coleta dos dados. Desse total, 87% afirmaram que a instituição onde estudavam ofertou aulas ou atividades educacionais remotas, proporção maior entre os estudantes da rede privada. Com a pesquisa, o CETIC.br/NIC.br oferece insumos relevantes para a criação de políticas públicas baseadas em evidências objetivando o bem-estar da população. O levantamento completa pode ser acessado no link https://bit.ly/3rcqlvO