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8 mitos sobre eletrônicos que provavelmente você já viu

Imagem: Freepik

Algumas práticas são tão repetidas por aí que acabam soando como verdade caso não sejam esclarecidas. No mundo da tecnologia não é diferente.

Confira oito mitos e os seus respectivos esclarecimentos de especialistas da Positivo Tecnologia para acabar com as dúvidas sobre a utilização correta de alguns produtos essenciais na rotina das pessoas.

Notebook não gasta energia quando está em standby

Falso. Quando ativado, o modo de espera ou standby apenas reduz o consumo de energia quando o usuário faz uma pausa no uso do notebook, o que não significa que o computador deixa de gastar uma pequena parcela de eletricidade. É o que explica Luiz Henrique Ostrovski, coordenador de produtos da Positivo Tecnologia. 

“Para retornar uma tarefa em andamento de forma rápida, o computador mantém um fornecimento baixo de energia para que seus componentes, como memória RAM, e dispositivos conectados às portas USB continuem funcionando. Sem uma fonte de energia, seja bateria ou tomada, o sistema desliga completamente.”

Deixar o notebook ligado na tomada o tempo todo danifica a bateria?

Falso. Manter um notebook moderno ligado na tomada não traz nenhum dano ao portátil. 

Elton John Bonfim, especialista de Produtos da Vaio na Positivo Tecnologia, empresa que passou a representar a marca japonesa de notebooks no Brasil, explica mais detalhes.

“Como as baterias atuais de íon-lítio ou lítio-polímero não sofrem sobrecarga, quando estão com 100% de capacidade, o notebook começa a ser alimentado diretamente pelo cabo, em um processo chamado by-pass. Assim que a bateria tem uma leve descarga, começa a ser carregada novamente”, esclarece Bonfim.

No entanto, o especialista ressalta que todas as baterias têm uma determinada vida útil, ou seja, é natural que com o passar do tempo o componente pare de funcionar em plena capacidade de carga. 

Sobre o antigo conceito de bateria viciada, Bonfim finaliza afirmando que o problema ficou no passado. “Nos modelos atuais (de portáteis), não existe mais aquela história de que a bateria fica viciada se o notebook estiver conectado o tempo todo à tomada.”

Usar carregador de outra marca estraga o celular?

Depende. É comum ouvir que carregadores de outras marcas causam danos de determinados tipos de aparelhos como os celulares, ou que podem gerar até incêndios.

No entanto, isso está mais relacionado à qualidade de fabricação do carregador em si do que ao fato de ser de outra marca.

A norma é que a utilização de carregadores falsos e de baixa qualidade podem realmente trazer riscos tanto ao aparelho como ao usuário, no entanto, existem várias empresas confiáveis que oferecem produtos similares aos originais.

Gustavo Massette, gerente de Produtos da Anker na Positivo Tecnologia, destaca esse ponto.

“Os consumidores podem encontrar no mercado carregadores de alta qualidade, inclusive superiores aos produzidos pelas fabricantes de smartphones, por exemplo. Existem opções com diversas tecnologias, potências e recursos que trarão benefícios variados aos aparelhos, tanto em termos de performance quanto de segurança.”

Deixar o celular perto do computador é prejudicial?

Falso. As ondas eletromagnéticas emitidas por notebooks e smartphones não são fortes o suficiente para causar qualquer tipo de dano a outros aparelhos eletrônicos. 

Para Camilo Stefanelli, CEO da Compaq no Brasil, um problema que os usuários podem esbarrar ao deixar o celular perto do computador, especialmente os notebooks, é a troca de calor entre os dispositivos. “Para evitar, basta não posicionar o celular em cima do carregador do notebook, por exemplo. Fora isso, é totalmente seguro”, afirma Stefanelli.

Carregamento rápido estraga a bateria do celular?

Falso. Os carregadores rápidos (ou turbo) utilizam potências mais elevadas para entregar uma velocidade de carregamento maior, o que evita deixar o celular muito tempo ligado na tomada, por exemplo.

Entretanto, desde que seja um carregador de qualidade, o processo é feito de forma controlada e segura, evitando a passagem de cargas maiores do que as suportadas pelas baterias. Lucas Cavalcante, especialista de Produtos Infinix na Positivo Tecnologia, explica a questão.

“Os carregadores rápidos são mais complexos que os tradicionais e fornecem correntes elétricas diferentes ao longo de todo o ciclo de recarga justamente para não danificar as células das baterias. Assim, o carregador fornece mais potência nos momentos em que a bateria pode receber essa energia sem causar prejuízos”

Arroz ajuda a secar eletrônicos que caíram na água?

Sim. No entanto, apesar de ajudar na absorção da umidade, o arroz sozinho não garante que outros componentes do seu aparelho saiam ilesos de uma acidente com líquidos, especialmente se o dispositivo não contar com algum grau de proteção contra água.

“Se um smartphone sem proteção contra respingos ou submersão for molhado, o primeiro passo é desligá-lo o mais rápido possível e, em seguida, colocá-lo em um recipiente fechado com bastante arroz. Os grãos vão absorver parte da água, mas o funcionamento dependerá de uma série de fatores, como o tempo que o aparelho ficou submerso, o tipo de líquido que o molhou e as condições físicas do celular”, detalha Cavalcante.

Aparelhos à prova d’água podem ficar totalmente submersos?

Depende. Normalmente, quando um fabricante afirma que um aparelho é à prova ou resistente à água, é necessário verificar sua classificação IP, ou seja, qual é o grau dessa proteção contra líquidos. 

“Para afirmar que um aparelho tem esse recurso, o fabricante precisa submetê-lo a uma série de testes em um instituto reconhecido, que, por sua vez, determinará o nível de proteção. Dependendo desse resultado, o aparelho será classificado entre várias faixas de resistência, que pode ser desde uma simples proteção a respingos a até uma submersão total em água, a uma certa profundidade e por um determinado período. Esta classificação pode ser observada nas especificações de cada produto”, comenta Cavalcante.

Montar um PC gamer é caro

Assim como os notebooks tradicionais, ao montar um PC, o consumidor pode optar por configurações mais simples ou avançadas dependendo do uso e do seu orçamento. 

No fim, o preço vai depender do nível de imersão e dos tipos de games que o usuário pretende jogar. Para os mais exigentes, o investimento certamente será maior do que aqueles que preferem jogar títulos mais simples, por exemplo, que normalmente dependem de menos recursos de hardware para funcionar.

“Para um gamer casual ou um jogador que prefere títulos mais simples, o preço de um PC para jogos pode ser bem próximo ao de um computador intermediário, já que as principais diferenças nas configurações estão relacionadas à placa de vídeo e memória RAM. Por menos do que muitos imaginam, é possível encontrar bons notebooks gamer que rodam a grande maioria dos jogos atuais, especialmente os com perfil competitivo”, esclarece Samuel Rodegheri, gerente de Negócios Computador Consumer da 2A.M. na Positivo Tecnologia

Fonte: Olhar Digital