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NIC.br permite avaliar conectividade da saúde

Imagem: Freepik

O desempenho das conexões de internet nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais e outros estabelecimentos do tipo já pode ser diagnosticado. O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) criou a plataforma Conectividade na Saúde, que é alimentada com dados do Sistema de Medições do Tráfico de Internet (SIMET). A solução foi lançada nesta quarta, 30, em evento on-line.

Desenvolvida a partir de um acordo de cooperação com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Conectividade na Saúde ajuda gestores da área a terem uma fotografia da realidade e na tomada de decisões, além de otimizar o compartilhamento de prontuários médicos entre unidades.

“É uma iniciativa que estimula a instalação gratuita de medidores SIMET em todos os estabelecimentos públicos de saúde do país. Nessa primeira etapa, a prioridade é focar naqueles que trabalham com atenção primária, caso das Unidades Básicas de Saúde. O NIC.br disponibilizará um painel em que todas as medições estarão abertas ao público. Conforme o NIC.br a medição da conectividade será mais acurada “Quanto maior a adesão, mais informações provenientes das aferições abastecerão o site”, explica Cristiane Millan, analista de projetos do NIC.br, acrescentando que o critério para instalar o medidor é ser inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

“Ao digitar o código CNES na ferramenta, o gestor, caso tenha feito a instalação do SIMET, terá acesso aos resultados da medição em sua unidade. Entres os dados disponíveis estão métricas como latência (medida de tempo para uma mensagem ir a um destino e voltar), velocidade de download, upload e perda de pacotes. É possível observar, ainda, o histórico da qualidade da rede num período de até 60 dias, além de compará-la com a mediana de conexão à Internet do entorno (mesmo setor censitário), o que permite avaliar a possibilidade de contar com um serviço melhor. A plataforma fornece ainda uma lista de provedores que atuam na localidade”.

Já na seção “Dados de instalações no Brasil”, gestores da área de saúde poderão acompanhar e gerenciar o andamento do processo de instalação dos medidores SIMET-Saúde em sua cidade ou estado. A plataforma possibilita, também, consultar a proporção de estabelecimentos que não têm acesso à Internet, permitindo buscas conforme a localidade desejada.

“O projeto está em fase inicial. Nesse primeiro momento, está disponível apenas a consulta ao desempenho da conectividade de um estabelecimento por vez, mas a expectativa é de que, num futuro próximo, a plataforma apresente um mapa com a sumarização de dados globais sobre as medições”, adianta Milton Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br.

Intercâmbio de dados

Paulo Kuester Neto, analista de projetos do NIC.br, enfatiza que um dos propósitos da iniciativa é ajudar a promover a integração entre os estabelecimentos de saúde, de forma que informações e exames sejam compartilhados via prontuário eletrônico, facilitando a rotina dos profissionais da área, dos usuários dos serviços e dos próprios gestores. “De posse do histórico do paciente, o médico, por exemplo, terá condições de fazer uma avaliação mais abrangente, tornando o atendimento mais célere e completo. As unidades voltadas à atenção primária, onde é feita a primeira triagem, poderão fornecer dados para estabelecimentos de áreas mais especializadas. Para viabilizar tudo isso, é preciso contar não apenas com Internet, mas com uma conexão de qualidade, justamente o que nossa ferramenta verifica. Por essa razão, ela tem papel estratégico”.

“Uma ferramenta para reunir dados sobre a qualidade da internet nas Unidades Básicas de Saúde é primordial para compreender a que passos estamos para a informatização do SUS e para implantação de plataformas essenciais para agilidade no trabalho dos profissionais de saúde e do controle de dados, como é o caso da implantação do prontuário eletrônico. Afinal, para conseguir que a informatização da rede funcione da forma devida, precisamos garantir que exista uma conexão de internet de qualidade nesses estabelecimentos”, destaca Diogo Demarchi, Assessor técnico do Conasems.

Além do intercâmbio de informações, uma boa conectividade oferece condições técnicas para a execução de atividades de telessaúde, como a teleconsulta, modalidade regulamentada de forma emergencial durante a crise sanitária desencadeada pela COVID-19. “Em síntese, a tecnologia facilitaria o atendimento de comunidades mais isoladas, em locais de difícil acesso”, completa Kuester Neto.

Mais detalhes sobre o “Conectividade na Saúde” estão disponíveis em https://conectividadenasaude.nic.br/

Para rever o lançamento da plataforma, acesse: https://youtu.be/8A5vSy0qWO8.

Fonte: Tele.Síntese