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“Deus Existe no Cérebro”, Afirma Neuropsicólogo Jordan Grafman
Por que a crença em Deus e na espiritualidade é um tema relevante para a neurociência? Jordan Grafman, professor da Northwestern University, acredita que o estudo das crenças religiosas e espirituais é essencial para entender o funcionamento do cérebro humano. Ele lidera uma iniciativa inovadora para mapear como o cérebro processa essas crenças e seus efeitos na saúde e no comportamento social.
Um Novo Campo de Estudo
Grafman anunciou a criação de um centro virtual de pesquisa em “neurociência das crenças”, uma colaboração entre a Northwestern University, o IDOR no Brasil, o King’s College London e o Shirley Ryan AbilityLab. O objetivo é estudar como o cérebro processa as crenças religiosas e não religiosas, explorando suas bases neurológicas e os impactos na saúde mental e social.
A Fé e o Cérebro
Para Grafman, crenças religiosas são parte intrínseca do funcionamento cerebral. “Deus existe no cérebro”, ele afirma, explicando que a crença é uma construção mental que pode ser estudada cientificamente. A pesquisa busca compreender como essas crenças se formam, são mantidas e influenciam outros aspectos da vida, como política e saúde.
O Papel da Crença na Saúde
Estudos já demonstram que a fé pode ter efeitos positivos na saúde, ajudando a reduzir o estresse e a ansiedade. Grafman explora como o cérebro utiliza crenças para promover bem-estar, destacando o efeito placebo como exemplo do poder da crença em promover melhorias na saúde.
Superando Preconceitos Acadêmicos
Apesar da importância do tema, Grafman reconhece que muitos neurocientistas evitam estudar religião por temerem ser vistos como não-científicos. Ele argumenta que a religião é uma parte fundamental da experiência humana e merece ser explorada cientificamente.
Impacto Global
O centro de pesquisa não se limita ao estudo da religião. Ele também investiga como crenças políticas e econômicas se formam e influenciam comportamentos, tornando-se um projeto de alcance internacional.
Fonte: texto condensado de matéria publicada em O Globo, por Constança Tatsch — São Paulo, 03/11/202
Tags: tecnologia, inovação |