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81% já sofreram preconceito de gênero no universo da tecnologia

Neste 8 de março, é preciso lembrar dessa data como um símbolo da luta diária das mulheres.

A cada ano, o número de mulheres dentro do universo da tecnologia cresce. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a participação feminina na área aumentou entre 2015 e 2019, saltando de 27,9 mil no primeiro ano da análise para 44,5 mil.

Esse crescimento de quase 60% é um grande avanço em um setor que sempre foi majoritariamente ocupado por homens. Ainda assim, a diferença entre gêneros é grande e ter uma cultura com foco em diminuir essa lacuna é apenas uma das facetas da luta dentro da TI, que é marcada principalmente pelo preconceito: no ano passado, 81% das mulheres do setor afirmaram ter passado por algum tipo de discriminação de gênero.

Isso é o que aponta o estudo “Mulheres em TI”, realizado pela consultoria em recrutamento e seleção Yoctoo. Ainda de acordo com o levantamento, 63% das respondentes afirmam que no ambiente de trabalho é onde o preconceito mais acontece.

Para 82% dessas entrevistadas, o maior impasse é ter de provar, a todo momento, a própria competência técnica. Esse número é 40% acima do registrado em 2019, quando 42% das respondentes acreditavam que este era o maior desafio enfrentado no ambiente de trabalho.

Serem respeitadas por pares, sejam superiores ou subordinados do gênero masculino, também aparece no ranking de principais reclamações, ocupando a segunda posição (51%).

É preciso, cada dia mais, “trabalhar para mudar essa realidade, afinal, existe uma grande demanda reprimida por profissionais dessa área”, diz o diretor da Yoctoo, Paulo Exel.