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Educação Indígena será o Tema da primeira mesa de debate do Acampamento Inclusivo

A educação escolar potiguara, foi uma conquista dos movimentos do seu próprio povo, que sempre pensou, lutou e resistiu por uma educação escolar que respeite, valorize e contemple a realidade de cada aldeia potiguara.

Daniel Santana é antropólogo e especialista em educação indígena, sua luta contempla várias conquistas importantes para o ensino Potiguara, ele e outros convidados falarão sobre o tema. Daniel será o mediador da mesa de educação escolar indígena, sendo esta a primeira mesa de debate do Acampamento Inclusivo promovido pela ANID. O debate vai ocupar a oca principal do Toré Forte dia 27 de julho. Segundo o antropólogo “A mesa de educação escolar indígena será de grande relevância para todo o povo potiguara, pois os debatedores abordarão temas importantes para todos os presentes e para o fortalecimento da educação indígena, com perspectivas micro e macro dentro de uma cosmologia.”

A educação escolar indígena é de suma importância para todos os povos, sendo uma grande conquista para a manutenção de nossa cultura, Os Potiguaras sempre lutaram e resistiram por uma educação indígena específica, diferenciada, pluricultural, multilíngue e de qualidade, levando em consideração as particularidades de cada povo.  

A educação escolar potiguara, foi uma conquista dos movimentos do seu próprio povo, que sempre pensou, lutou e resistiu por uma educação escolar que respeite, valorize e contemple a realidade de cada aldeia potiguara. Sempre buscando o melhor para o fortalecimento dessa modalidade de ensino e da identidade do seu povo. 

Daniel afirma que “Fazer educação escolar indígena, é fazer e pensar em todo o coletivo, na verdade, é envolver todos os indígenas, lideranças, professores, crianças, anciãos, enfim, todos que fazem parte da comunidade indígena, porque tudo tem que ter a participação e o aval da própria comunidade indígena, cada um contribuindo com seus conhecimentos e saberes, levando em consideração, a cultura, experiências, identidade, cosmologia e a ancestralidade desse povo guerreiro.” 

Quando se fala em educação escolar indígena potiguara nos remetemos a professora Iolanda Mendonça, ao cacique Caboquinho, a liderança Capitão, entre muitos outros que lutaram por uma educação diferenciada e de qualidade. Na verdade, eles são grandes pioneiros e referências na luta por uma educação escolar indígena para todos os Potiguara. 

Atualmente, existem várias escolas com categoria de escola indígena sendo 99 por cento dos estudantes indígenas e seus profissionais também. A língua tupi já é um grande projeto dentro destas escolas, que tem como objetivo tornar nossos alunos e professores fluentes nesta língua. O projeto da língua tupi nas escolas foi iniciativa do professor Eduardo Navarro da USP, que em conjunto com vários professores potiguara, implantou esta matéria na grade curricular e atualmente, o ensino da língua tupi está em todas as escolas do território potiguara. 

A mesa terá grandes militantes da educação indígena como: Daniel Neto – Antropólogo e especialista em educação indígena; Professora Iolanda Mendonça – A primeira Potiguara formada em Licenciatura Intercultural; Professora Sônia Barbalho – Presidente atual da OPIP/PB; A professora Joana Damasceno – Subsecretária da educação de Baía da Traição; Professora Joselma Bianca – Doutora e pesquisadora. Uma mesa composta por profissionais Potiguara com excelência em educação escolar indígena.


 

O Acampamento Inclusivo é promovido pela Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID), pela Associação Forte Toré, pela Secretaria de Educação da Baía da Traição e pelo Governo do Estado da Paraíba, com apoio da Prefeitura Municipal da Baía da Traição, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (nic.br). As inscrições podem ser feitas pelo site do evento.

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