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Caboquinho, existência e resistência em defesa das causas indígenas

Antônio Pessoa Gomes (Cacique Caboquinho)

Atual Cacique da aldeia Forte, fôra antes o Cacique geral do povo Potiguara, sagrado e consagrado, tendo durante toda sua vida lutado pelas causas indígenas, militante de movimentos importantes, inspiração para todos os defensores dos direitos humanos, um líder nato, obteve conquistas transformadoras para seu povo e para a manutenção da nossa cultura. Seu caminho traz um legado que se estenderá para além do nosso tempo.

Antônio Pessoa Gomes (Cacique Caboquinho) foi membro titular da CNPI (Comissão Nacional de Política Indigenista/Ministério da Justiça), de 2005 a 2015, tendo exercido o cargo de Cacique Geral do Povo Potiguara, por mais de dez anos, onde sua presença foi marcante na na criação da unidade dos povos indígenas brasileiros, ou do Movimento Indígena, como conhecemos hoje Em 2016 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela UFPB, o título de maior honraria da instituição. 

Essa titulação segundo Wilma Martins de Mendonça, Reitora da UFPB,  “procura atender as novas metas curriculares que visam a valorização da cultura indígena, ao mesmo tempo em que a gente busca promover a unidade dos intelectuais brasileiros da nossa academia e dos nossos vários povos em um verdadeiro encontro de saberes, que são indiscutivelmente o nosso mosaico cultural construído por um povo mestiço no corpo e na alma uma valiosa medida para a manutenção de um grande patrimônio material e imaterial.

Dentre suas importantes contribuições, ressaltamos a sua participação na retomada da terra potiguara e indígena de Monte-Mór, a luta pela saúde e educação diferenciada de seu povo com a criação da escola potiguara, anseios dos jovens e necessidades do seu povo, bem como a criação através de seu ativismo de focus longínquos para investigação e saberes acadêmicos

Sendo a terra a grande mãe de todos os homens, nos tornando assim irmãos, e enquanto nesta terra, brasileiros, Caboquinho representa uma luta que é política porém de direito natural, onde entende-se que a terra e seu usufruto, o direito à vida, educação, saúde, acesso à informação, liberdade de expressão e culto, igualdade entre os povos, respeito e livre arbítrio deveriam ser um presente que a própria natureza nos permite ser e realizar, porém a sociedade em sua organização ainda precisa lutar pelo óbvio por estar submetida ao capital e suas forças que negligenciam a verdadeira preciosidade de cuidar do planeta e dos seus de forma justa.

Nós da ANID esperamos que o acampamento inclusivo contribua com todas essas causas em defesa dos indígenas, da cultura Potiguara, da região de Toré, e de quantos outros que poderão se beneficiar com a ajuda da tecnologia para melhorias na vida pessoal e geral. 

Vida longa a Caboquinho e que suas conquistas se multipliquem!


 

O Acampamento Inclusivo é promovido pela Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID), pela Associação Forte Toré, pela Secretaria de Educação da Baía da Traição e pelo Governo do Estado da Paraíba, com apoio da Prefeitura Municipal da Baía da Traição, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (nic.br). As inscrições podem ser feitas pelo site do evento.

#cgi.br #nic.br