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Toré forte, uma conquista, um marco, um multiplicador

O local também é usado para expor a arte e o artesanato produzido pelos moradores da aldeia, onde o turista pode adquirir e conhecer um pouco do universo Potiguara, sendo também possível participar de eventos e rituais que acontecem no local.

A Associação Cultural Indigena Toré Forte, sediada na aldeia Forte em Baía da
Traição/PB, fundada em 2006 pela sua idealizadora e presidenta Itajaciana Maximiano, é
fruto de seu desejo de ter uma sede para passar adiante a cultura Potiguara. O forte foi
construído inicialmente com os recursos do edital prêmio Culturas indígenas que
contemplou a tribo e viabilizou a construção do mesmo, que ao passar dos anos foi sendo
trabalhado até se tornar o que é atualmente.


O Toré Forte é nos dias de hoje um símbolo de identificação e autenticidade de todos os
Potiguaras que buscam fostalecer sua cultura através da política, religião, mitos, rituais,
danças, músicas, da língua Tupi e tudo o que expressa a luta para se manterem existindo e
serem reconhecidos como indigenas.
O Forte tem em sua estrutura uma grande palhoça em forma de oca onde são realizados os
rituais de guerra/dança do Toré, mantendo acesa a chama dos potiguaras, onde são usados
instrumentos como zabumbas, ganzá, maracás e gaita. Os instrumentadores, puxadores
das músicas que se colocam em circulo composto pelas crianças, adultos, o Cacique, o
Pajé das aldeias e várias pessoas independente do sexo e idade que se reúnem para estes
festejos.


O local também é usado para expor a arte e o artesanato produzido pelos moradores da
aldeia, onde o turista pode adquirir e conhecer um pouco do universo Potiguara, sendo
também possível participar de eventos e rituais que acontecem no local. O Toré é um
importante ponto de multiplicação da cultura Potiguara sendo um ambiente acolhedor e
cheio de beleza representando essa cultura tão importante para nossa história.
Muitos turistas visitam o local em busca dessa vivência, pois o forte retrata parte da história
da vida dos índios Potiguaras, bem como entrar em contato com a natureza existente no
local. No forte também existem três canhões que restaram do período colonial, sendo eles a
representação do marco das guerras que aconteceram na região.
O Forte Toré será um dos principais pontos onde o Acampamento Inclusivo acontecerá em
sua primeira edição em julho de 2022. As inserções principais do evento acontecerão na
oca principal, tais como as mesas de debates e palestras, as quais também serão
transmitidos via internet. O local proporcionará aos participantes uma proximidade com os
símbolos, cores, sons e a história da cultura Potiguara.


O Acampamento Inclusivo é promovido pela Associação Nacional para Inclusão Digital
(ANID), pela Associação Forte Toré, pela Secretaria de Educação da Baía da Traição e pelo
Governo do Estado da Paraíba, com apoio da Prefeitura Municipal da Baía da Traição, do
Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do
Ponto BR (nic.br). As inscrições podem ser feitas pelo site do evento.
#cgi.br #nic.br