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Provedores de internet e seu papel na transformação digital de negócios

Provedores de internet e seu papel na transformação digital de negócios

O setor de telecom como um vetor de transformação digital dos negócios locais. Essa foi uma das propostas da Associação Nacional de Inclusão Digital (ANID) durante a 3ª Start ISP, que reuniu dezenas de provedores de internet nesta quinta-feira (27), em João Pessoa, Paraíba. O mercado que cresceu 144% na demanda de serviços, segue na contramão da recessão econômica causada pela pandemia do coronavírus no Brasil, desde 2020. 
Mas apesar do cenário positivo é preciso avançar em ações estratégicas que fortaleçam o setor. É nisso que acredita Percival Henriques, presidente da ANID e também empresário do mercado telecom. Um dos precursores na realização de eventos de integração da área, ele destaca que tem faltado essa visão mais ampla dos empreendedores. 
"A gente precisa se unir. Pensar de forma coletiva e estratégica para potencializar o setor. Porque eu não posso ajudar meu cliente a comprar o melhor celular ou o melhor computador? Temos que olhar sob um novo ponto de vista, que vai além de sermos um fornecedor, mas como um vetor da transformação digital de negócios”, pontuou. 
Mesmo com uma situação mais confortável em comparação com outros setores, puxados pelo aumento do acesso à internet com as pessoas passando mais tempo em casa, seja consumindo entretenimento ou em home office, é preciso continuar inovando. Buscando e apresentando soluções que fidelizem os clientes e criem um senso de comunidade, como uma espécie de cadeia produtiva do telecom. 
O País é um dos líderes em número de pequenas e médias empresas de telecom. Hoje são aproximadamente 52 mil ISP’s (sigla em inglês para Internet Service Provide) dentro de um mercado considerado como serviço essencial com a aprovação da Lei Federal nº 13.979, em 2020. E são as Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte (PPPs) que são as responsáveis pelo crescimento do setor, registrando um aumento de 47% das demandas contra apenas 18% das grandes operadoras entre março e setembro do ano passado. 
Mas para continuar esse movimento crescente, é necessária uma mudança de mentalidade de quem atua no setor. É isso que Percival Henriques destaca ao lembrar que avançamos em 2020 o equivalente a cinco anos de aceleração digital. Ele também aponta um indicador importante sobre o caminho a ser seguido.
 “Se você tem cinco mil clientes são cinco mil pessoas para as quais você pode oferecer outros produtos e serviços. O maior ativo que as empresas têm não são seus equipamentos por mais caros que sejam, o maior bem que ele tem é o cliente”, observou adiantando que a ANID pretende continuar atuando como um fomentador do setor.