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IV Acampamento Inclusivo celebra ancestralidade, tecnologia e diversidade na Aldeia São Francisco, em Baía da Traição
Entre os dias 15 e 17 de outubro de 2025, o Terreiro Sagrado da Aldeia São Francisco, no território Potiguara, em Baía da Traição (PB), se transformou em um grande espaço de partilha, aprendizado e celebração da diversidade com a realização do IV Acampamento Inclusivo.
Promovido pela Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID) e pelo Governo do Estado da Paraíba por meio da Secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, com apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e da Secretária de Educação da Baía da Traição, o evento reuniu povos indígenas, comunidades ciganas, rurais e urbanas, além de professores, estudantes, pesquisadores e representantes de instituições públicas e sociais.
Em sua quarta edição, o Acampamento reforçou o compromisso da ANID em promover a inclusão digital aliada à valorização dos saberes tradicionais. A escolha da Aldeia São Francisco como sede simbolizou a força e a resistência do povo Potiguara, que segue preservando sua cultura, sua língua e suas tradições mesmo diante dos desafios históricos da colonização.
Durante três dias, o evento contou com mesas de debate, oficinas, exposições e apresentações culturais que abordaram temas como educação inclusiva, sustentabilidade, Inteligência Artificial, cidadania digital e comunicação ancestral.
Preservar, incluir e inovar
O evento também contou com a presença de importantes instituições parceiras, como a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (SECTIES), a Secretaria de Estado das Mulheres e da Diversidade Humana (SEMDH), a Secretaria Municipal de Educação de Baía da Traição, além de representantes da UFPB, UFCG e IFPB.
O presidente da ANID e conselheiro do CGI.br, Percival Henriques, destacou a importância de unir tecnologia e ancestralidade em uma mesma experiência:
“O Acampamento é um espaço onde a inclusão vai além do acesso à internet. Ela passa pela escuta, pelo reconhecimento e pela valorização das vozes que construíram a nossa história. Os Potiguara continuam aqui, preservando sua cultura e ensinando que tecnologia e tradição podem caminhar juntas.”
A programação cultural emocionou o público com apresentações como o Grupo Calin Chucar Cigana Bonita, da comunidade cigana de Sousa (PB), e as expressões artísticas dos Potiguara, que trouxeram cantos, danças e rituais de conexão espiritual com a natureza.
Esses momentos reafirmaram que o Acampamento é, acima de tudo, um espaço de convivência, aprendizado e celebração da diversidade onde cada cultura é ouvida e valorizada.
O evento reforçou o papel da ANID como articuladora de iniciativas que unem educação, cidadania digital e valorização das identidades culturais, inspirando novas ações e projetos voltados à inclusão em toda Paraíba.
