Notícias

Atividade Remota

Pesquisa aponta fragilidades do acesso à Internet no Brasil

Os brasileiros têm condições de realizar atividades pela Internet?

Há viabilidade de realizar atividades remotas no Brasil? O questionamento é apropriado em tempos de isolamento social.

O Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional da Universidade Federal da Paraíba (Labimec/UFPB), apresenta um panorama da pesquisa de Tecnologia da Informação e Comunicação domiciliar (Cetic.br). O objetivo é mapear o acesso das famílias às TIC nas áreas urbanas e rurais no país e suas formas de uso por indivíduos com 10 anos ou mais. A importância do estudo deve-se a necessidade crescente de realização de atividades remotas, no qual boa parte requer o uso/acesso à Internet.

No Brasil, 68,5% das famílias tem acesso à Internet e 52% a wifi, no Nordeste, o valor é 52% e 51%, respectivamente. A maior parte da população é de zona urbana e ganha até 2 salários mínimos para ambas agregações. Das famílias no Brasil, 29,45% não tem acesso à Internet e um computador/notebook/tablet simultaneamente, no Nordeste, o valor é de 32,91%.

No que tange a velocidade de banda da Internet, a maior parte se concentra entre 3 megas e 20 megas, representando 19,14% no Brasil e 18,77% no Nordeste. O motivo mais importante para as famílias não possuírem Internet é o seu valor, 8,3% e 10,56% no Brasil e Nordeste, respectivamente. As famílias concentra-sem em planos no intervalo de R$ 30,01 até R$ 100,00 em ambos os recortes.

Quando agregados por renda em salário mínimo, quanto menor a renda da família, menor é o percentual daquelas que possuem Internet e computador (ambos) e, consequentemente, maior o percentual daquelas que não possuem nenhum. Há ainda aquelas famílias que possuem só computador e só Internet, porém, essas foram retiradas da amostra por questões demonstrativas, todavia, ambas as situações são meio termos e agem como um fator de mitigação ao não acesso.