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Sem restrições ou vigilantismo: uma rede social pela liberdade
Diaspora, uma rede social livre
Por Anderson Santana
Para entrar em uma rede social é preciso aceitar os termos de uso dela, aquela quantidade enorme de informações que muitas vezes não lemos e clicamos no botão de aceite. O que acontece é: ao concordarmos com os termos de uso, nossas informações passam a ser propriedade da rede social, que muitas vezes são espionadas e até comercializadas irrestritamente.
Uma saída para isso é a Diaspora: uma ferramenta de comunicação que não exige nenhuma doação de conteúdo. E ainda permite mensagens, seguidores ou imagens de forma ilimitada e interação com as outras redes sociais, possibilitando que o material postado seja compartilhado em outras plataformas.
Criada em 2010, a Diaspora chegou no Brasil em 2013 através da iniciativa de Anahuac de Paula Gil e conta com o apoio da ANID, que hospeda o servidor da rede no país. Totalmente encriptada e segura, a Diaspora também possibilita uma experiência de liberdade, pois não há espionagem das atividades dos seus usuários, devido ao funcionamento de forma distribuída entre os computadores dos usuários, que se conectam diretamente sem a gerência de terceiros(servidores), no modelo de rede federada. Modelo no qual não são necessários os grandes centros com servidores.
Anahuac destaca que na Diaspora o nome e e-mail não precisam ser reais, pois não há nenhuma confirmação por e-mail e não há nenhum campo pedindo número de telefone: “Se for uma questão vital ou estratégica, basta providenciar a instalação de um servidor exclusivo, assim garante-se que ninguém terá acesso ao que não se quer. Em alguns casos isso representa a diferença entre a vida e a morte”.
“Por se tratar de um sistema distribuído, autônomo e que não minera dados, ele termina fazendo bem a natureza por consumir muito menos recursos computacionais e assim o consumo de energia elétrica é muito menor” afirma Anahuac. “As mensagens e imagens publicadas podem ser removidas a qualquer momento de verdade da base de dados e do disco pois não há uma segunda base escondida”, completa.
Como não há mineração de dados, que rompe a privacidade para que se possa encontrar perfis semelhantes aos de cada usuário - as conhecidas sugestões de amigos, que só podem ser encontrados graças aos dados disponibilizados como local de origem, trabalho ou o que for divulgado pelo usuário. O controle fica totalmente nas mãos dos usuários no direcionamento e gerenciamento das mensagens. Isso evita as chamadas “bolhas” que as demais redes sociais geram passando uma falsa ideia de que todos os usuários veem o que suas redes de amigos publicam.
A ANID fomenta novos caminhos para a interação social, em prol da preservação dos dados dos usuários. Por isso, acreditou no projeto e apoia a rede social em vista de contribuir para um ambiente virtual cada vez mais seguro, onde as pessoas possam fazer uso da internet de forma livre, plural, sem restrições ou vigilantismo.
A Diaspora surge como uma alternativa às demais redes sociais, permitindo a construção coletiva. Qualquer um pode ajudar a melhorá-la e conta ainda com um blog repleto de tutoriais e dicas em busca da promoção de espaços colaborativos.
Conheça mais sobre a Diaspora no Brasil: https://diasporabr.com.br/
E para fazer parte desta experiência de liberdade e interação, basta se cadastrar através do link: https://diasporabr.com.br/users/sign_up