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Em João Pessoa: XIX Encontro Nacional de Modelagem Computacional e VII Encontro de Ciência e Tecnologia de Materiais


Cientista apresenta nova teoria sobre fluxo de partículas que contraria tese sobre evolução dos seres vivos

Uma nova formulação científica para explicar fenômenos relacionados aos fluxos de partículas que compõem as células de todos os seres vivos foi apresentada na tarde desta terça-feira, 18, pelo cientista e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Bevilacqua, na abertura do XIX Encontro Nacional de Modelagem Computacional e VII Encontro de Ciência e Tecnolgia de Materiais.

Os dois eventos estão sendo realizados no Xênius Hotel até sexta-feira, 21, e reúnem pesquisadores de várias instituições de ensino superior do país. A iniciativa é do Programa de Pós-graduação em Modelagem Matemática Computacional do Centro de Informática (CI) da UFPB.

Ao abordar o tema “Fenômenos de transporte de agentes ativos induzindo o fenômeno de duplo fluxo”, o professor Bevilacqua explicou que a teoria apresentada tem ainda validade experimental, mas se diferencia das explicações clássicas que tratam dos fenômenos de difusão de partículas. O elemento novo, que vem sendo constatado em suas pesquisas, é que, diferentemente das formulações já comprovadas, registra-se uma energia ou movimento de partículas que, em vez de seguirem pelo fluxo da direita e esquerda, permanecem na célula, retendo uma quantidade significativa de elementos.

Como todo estudo inédito, o fenômeno da densificação de partículas vai encontrar resistência no meio científico, conforme ele próprio enfatizou, visto que propõe novo modelo para explicar a evolução dos seres vivos e também de componentes minerais. A pesquisa envolve células de todos os tecidos vivos.

O fato de as partículas demonstrarem uma tendência de concentração em áreas onde já existe um adensamento confirma a existência de um movimento que as equações clássicas de difusão são insuficientes para descrevê-lo.

Essa teoria está sendo utilizada para explicar fenômenos como o aparecimento e capacidade de sobrevivência de espécies estranhas de peixes que invadem rios da Amazônia. Outra aplicação seria para o estudo de contaminantes como o lixo em meios porosos. Os fluxos de partículas ora investigados pelo cientista podem ser responsáveis por mudanças que vêm sendo registradas no meio ambiente, gerando riscos que precisam ser minimizados.

Luiz Bevilacqua foi presidente da Agência Espacial Brasileira, entre 2003 e 2004; secretário-geral do Ministério da Ciência e Tecnologia, nos anos de 1992 e 1993, tendo sido agraciado, em 2011, com o Prêmio Anísio Teixeira. Esse prêmio homenageia personalidades brasileiras que tenham contribuído de modo relevante para o desenvolvimento da pesquisa e formação de recursos humanos no país.

Antes da palestra de abertura dos eventos, os participantes receberam as boas-vindas do diretor do CI, Guido Lemos; do coordenador do Programa de Pós-graduação em Modelagem Matemática Computacional, Jairo Rocha; do pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UFPB, Isaac Medeiros, e do representante do Instituto Politécnico da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Silva Neto. O cerimonial foi coordenado pela secretária do CI, Lourdinha Rodrigues Cavalcanti .

De acordo com a organização dos eventos, o público terá livre acesso às palestras. A programação completa pode ser acessada através dos link:
http://nbcgib.uesc.br/enmc2016/index.php

Nessa edição, os eventos contam com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE), Programa Nacional de Extensão (Pronex), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanotecnologia para Marcadores Integrados (Inct-Inami).

FONTE: Assessoria de Comunicação do CI