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Cientista paraibano cria Dodofunding.com


Criado por Vinicíus Coutinho, site financiará pesquisas e atende pesquisadores de oito países.

Um cientista paraibano foi responsável por desenvolver o que pode se tornar a solução para a realização de futuras pesquisas científicas. Vinicíus Coutinho, doutor em Bioinformática, criou uma página na internet que permite uma ajuda financeira através do crowdfunding (financiamento coletivo). Batizado de dodofunding.com, o endereço permite que o interessado em colaborar tenha acesso às pesquisas que estão sendo desenvolvidas a partir das doações.

A solução, ainda em fase final de desenvolvimento, tem vários projetos vinculados, entre eles o mapeamento genético da Cochonilha do Carmim, inseto largamente utilizado para extração de corante pela indústria, mas que está dizimando a Palma Forrageira - alimento importante para o rebanho bovino no nordeste brasileiro. O Dodo Funding já recebeu mais de 20 projetos de pesquisadores vindos do Chile, Brasil, México, Colômbia, França, Estados Unidos, África do Sul e Índia e estará pronto para receber doações ainda no mês de maio de 2014.

O paraibano foi o representante brasileiro no primeiro encontro inter gerações em biotecnologia realizado no mês anterior na universidade de Cambridge, no Reino Unido. No encontro, líderes atuais da biotecnologia discutiram com os líderes do futuro os rumos da biotecnologia e as diferentes visões para abordar os desafios atuais da ciência.

“Ainda enfrentamos sérios problemas como doenças, fome e falta de água em grande parte do mundo. São problemas que a ciência pode e deve resolver. Mas precisamos que as pessoas se envolvam mais e também possam participar e decidir o que é importante para elas e para a sociedade no desenvolvimento da ciência”, comentou.

Vinicius lembra ainda que “cada vez mais a ciência tem se tornado colaborativa - é o conceito Citizen Science – onde pesquisadores amadores ou profissionais e também a sociedade podem colaborar com a pesquisa científica em larga escala. O Crowdfunding ou financiamento coletivo já é utilizado para realizar projetos culturais, para desenvolver novas tecnologias e produtos diversos. Por quê não para a ciência?”, concluiu.

Do G1 Paraíba.

Foto: Reprodução/Facebook